Se existisse um telescópio que pudesse ver de fato os buracos negros, como seria a vista do céu noturno?
Foi justamente isso o que fez uma equipe internacional, liderada por Francesco de Gasperin, professor do Observatório da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, e publicado na Astronomy & Astrophysics.
Usando dados de radiotelescópios espalhados em vários países da Europa que formam uma rede chamada Low-Frequency Array (LOFAR), eles conseguiram mapear uma região onde podemos ver milhares de buracos negros como se fossem estrelas no céu.
Claro que buracos negros são invisíveis, mas os pontos brilhantes na imagem representam cada buraco negro de acordo com sua massa, como se pudéssemos ver até o infinito com um telescópio sem restrições.
Cada ponto brilhante é um buraco negro supermassivo.
Créditos: LOFAR / LOL Survey
"Este é o resultado de muitos anos de trabalho usando dados incrivelmente difíceis. Tivemos que inventar novos métodos para converter os sinais de rádio em imagens do céu", disse Gasperin.
Ainda mais impressionante é pensar que a imagem mostra apenas o equivalente a 2% do céu total! E repare que a foto nem mostra estrelas, planetas, galáxias, nebulosas e tantos outros objetos que povoam o Universo, se não o mapa viraria uma bagunça de proporções astronômicas (com o perdão do trocadilho)!
Para gerar essa imagem os especialistas usaram supercomputadores com novos algoritmos capazes de corrigirem distorções geradas pela ionosfera da Terra, com dados de 256 horas de observações do céu do hemisfério norte gerado pela rede de telescópios LOFAR.
Outro benefício do estudo, segundo os pesquisadores, é que esses dados poderão aperfeiçoar os modelos físicos para galáxias e aglomerados de galáxias e outros campos de pesquisa.
A equipe do LOFAR acredita que será possível já ter mapeado todo o hemisfério até 2022.
Imagens: (capa-LOFAR/LOL Survey) / LOFAR / LOL Survey / divulgação
23/02/2021
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