A estrela que tem chamado atenção da comunidade científica por conta de uma possível explosão iminente, nos surpreendeu ainda mais
Betelgeuse não está apenas escurecendo, mas também está mudando de forma. O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou novas imagens de Betelgeuse do Very Large Telescope (VLT) no deserto de Atacama, no Chile. A supergigante vermelha instável está definitivamente desequilibrada!
Uma equipe liderada por Miguel Montargès, da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, tirou a foto em dezembro de 2019, logo após a estrela começar seu escurecimento sem precedentes. Eles foram capazes de compará-la com uma imagem "normal" de Betelgeuse, tirada 11 meses antes. A mudança de forma é impressionante.
O que está acontecendo com Betelgeuse?
Os pesquisadores não sabem ao certo por que Betelgeuse parece tão diferente, mas suspeitam de uma ejeção de massa. Supergigantes vermelhas como Betelgeuse criam e ejetam grandes quantidades de material empoeirado, perdendo massa antes mesmo de explodirem como supernovas. A forma desigual e o escurecimento de Betelgeuse podem ser explicados se uma nuvem de poeira estiver bloqueando parcialmente seu disco. De fato, as observações no infravermelho do VLT mostram que Betelgeuse está repleta de matéria em seu entorno:
Mas o mistério ainda não foi resolvido. "Nosso conhecimento das supergigantes vermelhas permanece incompleto, e este ainda é um trabalho em andamento", disse Montargès. "Uma surpresa ainda pode acontecer".
Outras possibilidades incluem atividade magnética na superfície de Betelgeuse (como uma mancha estelar gigante), e claro, os estágios iniciais de uma explosão de supernova.
O Very Large Telescope, com seus instrumentos ópticos adaptativos, é uma das poucas instalações no mundo capaz de capturar imagens da superfície de Betelgeuse, que por sua vez, está localizada a mais de 640 anos-luz de distância.
Mais imagens do deserto de Atacama ainda podem revelar o que está acontecendo - isso se Betelgeuse não nos disser primeiro!
Imagens: (capa-ESO) / ESO / P. Kervella / M. Montargès et al.
18/02/2020
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Betelgeuse não está apenas escurecendo, mas também está mudando de forma. O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou novas imagens de Betelgeuse do Very Large Telescope (VLT) no deserto de Atacama, no Chile. A supergigante vermelha instável está definitivamente desequilibrada!
Uma equipe liderada por Miguel Montargès, da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, tirou a foto em dezembro de 2019, logo após a estrela começar seu escurecimento sem precedentes. Eles foram capazes de compará-la com uma imagem "normal" de Betelgeuse, tirada 11 meses antes. A mudança de forma é impressionante.
O que está acontecendo com Betelgeuse?
Os pesquisadores não sabem ao certo por que Betelgeuse parece tão diferente, mas suspeitam de uma ejeção de massa. Supergigantes vermelhas como Betelgeuse criam e ejetam grandes quantidades de material empoeirado, perdendo massa antes mesmo de explodirem como supernovas. A forma desigual e o escurecimento de Betelgeuse podem ser explicados se uma nuvem de poeira estiver bloqueando parcialmente seu disco. De fato, as observações no infravermelho do VLT mostram que Betelgeuse está repleta de matéria em seu entorno:
Estrela Betelgeuse no infravermelho. Registro feito pelo Very Large Telescope (VLT).
Créditos: ESO / P. Kervella / M. Montargès et al.
Mas o mistério ainda não foi resolvido. "Nosso conhecimento das supergigantes vermelhas permanece incompleto, e este ainda é um trabalho em andamento", disse Montargès. "Uma surpresa ainda pode acontecer".
Outras possibilidades incluem atividade magnética na superfície de Betelgeuse (como uma mancha estelar gigante), e claro, os estágios iniciais de uma explosão de supernova.
O Very Large Telescope, com seus instrumentos ópticos adaptativos, é uma das poucas instalações no mundo capaz de capturar imagens da superfície de Betelgeuse, que por sua vez, está localizada a mais de 640 anos-luz de distância.
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Mais imagens do deserto de Atacama ainda podem revelar o que está acontecendo - isso se Betelgeuse não nos disser primeiro!
Imagens: (capa-ESO) / ESO / P. Kervella / M. Montargès et al.
18/02/2020
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