As duas rochas espaciais foram intituladas 2020 BX12 e não representam ameaça real para o nosso planeta
Um dos principais instrumentos da Terra para estudar asteroides próximos está de volta ao trabalho depois de ter sido danificado por terremotos no fim de 2019. Agora, suas primeiras observações mostram que uma rocha espacial recém-descoberta é na verdade um asteroide binário - dois asteroides que viajam juntos pelo espaço.
O instrumento é o sistema de radar planetário no Observatório Arecibo, em Porto Rico. O observatório foi fechado na maior parte de janeiro, depois que uma série de terremotos atingiu a ilha no dia 28 de dezembro de 2019. O observatório reabriu em 29 de janeiro. Enquanto isso, em 27 de janeiro, cientistas usando um telescópio em Mauna Loa, no Havaí, avistaram um asteroide que os astrônomos não tinham visto antes. A rocha espacial recém-descoberta foi então intitulada 2020 BX12.
Devido seu tamanho e sua proximidade com a Terra, o asteroide 2020 BX12 foi classificado como "potencialmente perigoso". No entanto, a rocha espacial passou a 4,3 milhões de quilômetros da Terra durante sua máxima aproximação. Nos próximos 100 anos, esse asteroide não fará uma máxima aproximação mais próxima do que essa.
O sobrevôo do asteroide não foi uma ameaça à vida na Terra, mas sim uma oportunidade para os cientistas o estudarem. Nos dias 4 e 5 de fevereiro, a estação de radar de Arecibo mirou no asteroide 2020 BX12, e com base em suas observações, os cientistas descobriram que 2020 BX12 é um asteroide binário, com uma rocha menor orbitando a rocha maior. Cerca de 15% dos asteroides maiores são objetos binários, segundo a NASA.
A rocha maior tem cerca de 165 metros de diâmetro e a menor tem cerca de 70 metros. Quando o instrumento observou as duas rochas espaciais em 5 de fevereiro, elas pareciam estar separadas por apenas 360 metros.
Os cientistas não conseguiram reunir dados suficientes para ter certeza, mas suspeitam que as duas rochas possam completar uma órbita entre si em 45 a 50 horas. A rocha menor tem rotação sincronizada, ou seja, sempre tem a mesma face voltada para a rocha maior.
Os especialistas em defesa planetária esperam que, examinando rochas espaciais próximas, eles identifiquem alguma que represente ameaça real, e com tempo suficiente para que possamos nos proteger.
Imagens: (capa-Arecibo Observatory) / Arecibo Observatory / NASA / NSF
14/02/2020
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Um dos principais instrumentos da Terra para estudar asteroides próximos está de volta ao trabalho depois de ter sido danificado por terremotos no fim de 2019. Agora, suas primeiras observações mostram que uma rocha espacial recém-descoberta é na verdade um asteroide binário - dois asteroides que viajam juntos pelo espaço.
O instrumento é o sistema de radar planetário no Observatório Arecibo, em Porto Rico. O observatório foi fechado na maior parte de janeiro, depois que uma série de terremotos atingiu a ilha no dia 28 de dezembro de 2019. O observatório reabriu em 29 de janeiro. Enquanto isso, em 27 de janeiro, cientistas usando um telescópio em Mauna Loa, no Havaí, avistaram um asteroide que os astrônomos não tinham visto antes. A rocha espacial recém-descoberta foi então intitulada 2020 BX12.
Devido seu tamanho e sua proximidade com a Terra, o asteroide 2020 BX12 foi classificado como "potencialmente perigoso". No entanto, a rocha espacial passou a 4,3 milhões de quilômetros da Terra durante sua máxima aproximação. Nos próximos 100 anos, esse asteroide não fará uma máxima aproximação mais próxima do que essa.
Imagens do asteroide binário 2020 BX12, registrado pelo Observatório do Arecibo em Porto Rico.
Créditos: Arecibo Observatory / NASA / NSF
O sobrevôo do asteroide não foi uma ameaça à vida na Terra, mas sim uma oportunidade para os cientistas o estudarem. Nos dias 4 e 5 de fevereiro, a estação de radar de Arecibo mirou no asteroide 2020 BX12, e com base em suas observações, os cientistas descobriram que 2020 BX12 é um asteroide binário, com uma rocha menor orbitando a rocha maior. Cerca de 15% dos asteroides maiores são objetos binários, segundo a NASA.
A rocha maior tem cerca de 165 metros de diâmetro e a menor tem cerca de 70 metros. Quando o instrumento observou as duas rochas espaciais em 5 de fevereiro, elas pareciam estar separadas por apenas 360 metros.
Os cientistas não conseguiram reunir dados suficientes para ter certeza, mas suspeitam que as duas rochas possam completar uma órbita entre si em 45 a 50 horas. A rocha menor tem rotação sincronizada, ou seja, sempre tem a mesma face voltada para a rocha maior.
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Os especialistas em defesa planetária esperam que, examinando rochas espaciais próximas, eles identifiquem alguma que represente ameaça real, e com tempo suficiente para que possamos nos proteger.
Imagens: (capa-Arecibo Observatory) / Arecibo Observatory / NASA / NSF
14/02/2020
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