A Índia perdeu o contato com seu módulo lunar Vikram nessa sexta-feira (6 de setembro) durante a tentativa de fazer história como o primeiro país a pousar perto do pólo sul lunar. A anomalia de pouso frustrou os indianos com o sonho de se tornar o quarto país a realizar um pouso controlado na Lua.
Antes da fatalidade, tiveram minutos de tensão no centro de controle de missões da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), que projetou a espaçonave Chandrayaan-2. A primeira-ministra Narendra Modi havia chegado ao local no Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, Índia, para acompanhar a aterrissagem do pousador Vikram.
O anúncio chegou às 20:48 UTC, por K. Sivan, diretor da ISRO. "A descida de Vikram como planejada ocorreu até uma altitude de 2,1 quilômetros", disse Sivan a partir do centro de controle da missão. "Posteriormente, as comunicações do pousador com a estação terrestre foram perdidas. Os dados estão sendo analisados."
"A Índia tem orgulho de nossos cientistas!" disse o Primeiro Ministro Narendra Modi, via Twitter. "Eles deram o melhor de si e sempre deixaram a Índia orgulhosa. Esses são momentos para sermos corajosos, e seremos corajosos!"
Chandrayaan-2 durante a preparação.
Créditos: ISRO / divulgação
"Continuamos esperançosos e continuaremos trabalhando duro em nosso programa espacial", acrescentou Narendra Modi.
A Índia havia anunciado planos preliminares para lançar uma terceira missão lunar, a Chandrayaan-3 em 2024. Como Chandrayaan-2, essa missão incluiria um veículo espacial lunar.
A Índia estava se esforçando para se tornar o quarto país a pousar na superfície lunar, depois dos Estados Unidos, Rússia e China. O acidente fatal da sonda Vikram ocorre poucos meses após a primeira missão lunar de Israel, Beresheet, ter tido um destino semelhante.
Mas, diferentemente de Beresheet, a missão de Chandrayaan-2 continua com o orbitador que continuará circulando a Lua por duas semanas.
Imagens: (capa-ISRO) / ISRO / divulgação
06/09/19
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