Entenda quais podem ser as consequências e se isso já aconteceu antes
Pra quem gosta de minimo solar, temos uma ótima notícia: este mínimo que enfrentamos agora pode durar anos! É exatamente isso que afirma uma previsão fita por um time internacional de especialistas, apresentada no Workshop Anual de Clima Espacial da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA).
De acordo com o estudo, o nadir - auge do mínimo solar atual - deve acontecer entre julho de 2019 e setembro de 2020. O próximo máximo solar, portanto, não deve chegar antes de 2023, podendo acontecer apenas em 2026.
Os especialistas preveem ainda que o ciclo solar 25 (atual) deve ser parecido com o ciclo solar 24, que foi marcado por um mínimo longo e um máximo de baixa intensidade.
O ciclo solar de 11 anosé monitorado desde o século 19, e nem todos são iguais. Como exemplo, o ciclo solar 24 teve seu auge entre 2012-2014, e foi considerado bastante fraco. Na imagem abaixo podemos comparar o mínimo do ciclo solar 24 com o mínimo que estamos enfrentando agora. Tudo sugere que ainda não chegamos no extremo da baixa atividade solar:
Mini Era do Gelo?
Por conta da baixa quantidade de manchas solares, surgiram especulações de um possível "Mínimo de Maunder" - um mínimo solar que durou cerca de 70 anos, entre 1645 e 1715. Nessa época, o Sol apresentou uma contagem ínfima de manchas solares, e as temperaturas em toda a Europa permaneceram abaixo da média. Esse evento ganhou também o apelido de "Mini Era do Gelo".
Mas não se engane: mesmo com poucas manchas solares, podemos ter surpresas! Prever que a atividade solar será baixa é como prever que uma "temporada de furacões" será fraca. Isso não significa que os poucos furacões que aparecerem serão brandos. Muitas vezes, um número menor pode até significar atividades mais intensas (quando elas ocorrem).
Ou seja: podemos ter poucas manchas e explosões solares, mas que podem ser bem fortes. Como exemplo, o ciclo solar 24 produziu fortes explosões de classe-X, e até mesmo GLEs (Ground Level Events), quando partículas carregadas atingem a superfície da Terra.
O mínimo solar também enfraquece o campo magnético do Sol, e com isso, a entrada de radiação cósmica é intensificada. Ao penetrar a atmosfera da Terra, temos uma miríade de efeitos, como aumento da eletricidade da atmosfera superior e doses extras de radiação em voos.
A radiação UV proveniente do Sol também cai, e com isso a atmosfera terrestre encolhe e esfria, fazendo com que o arrasto responsável pela queda de lixo espacial diminua. Com isso, há um acúmulo do lixo espacial que permanece orbitando o nosso planeta por um período maior.
Este painel e previsão do ciclo solar atualé um trabalho conjunto entre NOAA, NASA, International Space Environment Services e de cientistas de todo o globo. Um painel mais refinado com previsões ainda mais detalhadas e precisas deve ser divulgado até o final de 2019. Fiquem ligados!
Imagens: (capa-NASA/ESA) / NOAA / NASA / ISES
16/04/19
Encontre o site Galeria do Meteorito no Facebook, YouTube, Instagram, Twitter e Google+, e fique em dia com o Universo Astronômico.
Pra quem gosta de minimo solar, temos uma ótima notícia: este mínimo que enfrentamos agora pode durar anos! É exatamente isso que afirma uma previsão fita por um time internacional de especialistas, apresentada no Workshop Anual de Clima Espacial da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA).
De acordo com o estudo, o nadir - auge do mínimo solar atual - deve acontecer entre julho de 2019 e setembro de 2020. O próximo máximo solar, portanto, não deve chegar antes de 2023, podendo acontecer apenas em 2026.
Previsão preliminar do ciclo Solar 25.
Créditos: NOAA / NASA / ISES
Os especialistas preveem ainda que o ciclo solar 25 (atual) deve ser parecido com o ciclo solar 24, que foi marcado por um mínimo longo e um máximo de baixa intensidade.
O ciclo solar de 11 anosé monitorado desde o século 19, e nem todos são iguais. Como exemplo, o ciclo solar 24 teve seu auge entre 2012-2014, e foi considerado bastante fraco. Na imagem abaixo podemos comparar o mínimo do ciclo solar 24 com o mínimo que estamos enfrentando agora. Tudo sugere que ainda não chegamos no extremo da baixa atividade solar:
Comparação do ciclo solar 24 e o ciclo solar 25 (até os dias atuais).
Créditos: NOAA / NASA / ISES
Mini Era do Gelo?
Por conta da baixa quantidade de manchas solares, surgiram especulações de um possível "Mínimo de Maunder" - um mínimo solar que durou cerca de 70 anos, entre 1645 e 1715. Nessa época, o Sol apresentou uma contagem ínfima de manchas solares, e as temperaturas em toda a Europa permaneceram abaixo da média. Esse evento ganhou também o apelido de "Mini Era do Gelo".
400 anos de observações de manchas solares (incluindo os mínimos de Maunder e de Dalton.
Créditos: NOAA / NASA / ISES
Mas não se engane: mesmo com poucas manchas solares, podemos ter surpresas! Prever que a atividade solar será baixa é como prever que uma "temporada de furacões" será fraca. Isso não significa que os poucos furacões que aparecerem serão brandos. Muitas vezes, um número menor pode até significar atividades mais intensas (quando elas ocorrem).
Ou seja: podemos ter poucas manchas e explosões solares, mas que podem ser bem fortes. Como exemplo, o ciclo solar 24 produziu fortes explosões de classe-X, e até mesmo GLEs (Ground Level Events), quando partículas carregadas atingem a superfície da Terra.
O mínimo solar também enfraquece o campo magnético do Sol, e com isso, a entrada de radiação cósmica é intensificada. Ao penetrar a atmosfera da Terra, temos uma miríade de efeitos, como aumento da eletricidade da atmosfera superior e doses extras de radiação em voos.
A radiação UV proveniente do Sol também cai, e com isso a atmosfera terrestre encolhe e esfria, fazendo com que o arrasto responsável pela queda de lixo espacial diminua. Com isso, há um acúmulo do lixo espacial que permanece orbitando o nosso planeta por um período maior.
Este painel e previsão do ciclo solar atualé um trabalho conjunto entre NOAA, NASA, International Space Environment Services e de cientistas de todo o globo. Um painel mais refinado com previsões ainda mais detalhadas e precisas deve ser divulgado até o final de 2019. Fiquem ligados!
Imagens: (capa-NASA/ESA) / NOAA / NASA / ISES
16/04/19
Gostou da nossa matéria?
Inscreva-se em nosso canal no YouTube
para ver muito mais!
Encontre o site Galeria do Meteorito no Facebook, YouTube, Instagram, Twitter e Google+, e fique em dia com o Universo Astronômico.