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Tempestades de poeira foram descobertas em Titã, lua de Saturno

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tempestades de poeira em titã, lua de Saturno
Se Titã já se parecia bastante com a Terra, agora as semelhanças ficaram ainda maiores!


Titã, o maior satélite natural de Saturno é, de muitas maneiras, extremamente semelhante à Terra. Lá existem lagos, mares, praias, ondas, atmosfera espessa, chuvas, estações climáticas, rios e muito mais. Tudo isso faz com que a gente olhe pra Titã de uma forma bastante familiar, como se estivéssemos vendo o nosso próprio planeta.



Agora, de acordo com um artigo publicado na revista Nature Geoscience, Titã acaba de ganhar mais um item em sua lista: tempestades de poeira!

tempestade de poeira em Titã
Ilustração tempestade de poeira em Titã.
Créditos: NASA / ESA / IPGP / Labex UnivEarthS / University Paris Diderot

A equipe de pesquisa, liderada pelo astrônomo francês Sebastien Rodriguez, da Université Paris Diderot, encontrou as tempestades de areiaem imagens no infravermelho capturadas pela sonda Cassini da NASA. O mais intrigante é que essas imagens foram feitas a praticamente uma década atrás!




No início, as tempestades de areia se pareciam com nuvens, mas após um olhar mais atento, foi possível revelar sua verdadeira natureza. "Era poeira levantada de grandes campos e dunas ao redor da região equatorial de Titã", disse Sebastien.

imagens no infravermelho mostram tempestade em Titã


Mas a poeira de Titã é uma coisa muito estranha. De acordo com a equipe de pesquisa, ela não é feita de areia fina, como a poeira que temos aqui na Terra. Ao invés disso, a poeira de Titã é orgânica, formada quando as moléculas orgânicas na atmosfera rica em metano crescem o suficiente para cair no chão. Os ventos fortes levam essas partículas orgânicas e sopram de forma intensa, formando nuvens ao redor do equador.




Algumas das tempestades de poeira que a Cassini observou eram tão grandes que só podiam ser levantadas por ventos muito fortes. Isso sugere que a areia do solo também pode ser levantada e colocada em movimento, e que as dunas gigantes que cobrem as regiões equatoriais de Titã são móveis, e estão em constante mudança. Isso também ocorre em nosso planeta, inclusive no Brasil (região nordeste).




Além de ganhar um novo fenômeno parecido com o da Terra, Titã também pode ter algo que o nosso planeta possui em abundância: a capacidade de abrigar vida. Se tudo correr conforme o planejado, missões de exploração poderão investigar se esse mundo intrigante possui alguma forma de vida. Será que é lá que vamos encontrar??!


Imagens: (capa-ilustração/divulgação) / NASA / ESA / IPGP / Labex UnivEarthS / University Paris Diderot
25/09/18


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