Um "planeta errante", que quase se tornou uma estrela, está intrigando os cientistas - como ele é capaz de produzir tantas auroras?
Um objeto de dimensões planetárias, a 20 anos-luz da Terra, surpreendeu astrônomos com seu campo magnético extremamente poderoso. A pesquisa foi detalhada na revista The Astrophysical Journal.
De acordo com os cientistas, o campo magnético do objeto é pelo menos 200 vezes mais forte do que o de Júpiter, que por sua vez, é entre 16 e 54 vezes mais forte que o da Terra, segundo a NASA. O estranho objeto chamado SIMP J01365663 + 0933473, se tornou um verdadeiro mistério, afinal de contas, como é possível manter um campo magnético tão forte, e gerar auroras polares espetaculares?
"Este objeto é empolgante, porque estudar seus mecanismos de dínamo magnético pode nos dar novas dicas sobre como esses mecanismos poderiam operar em planetas distantes, que estão fora do Sistema Solar", disse Melodie Kao, astrofísica da Universidade Estadual do Arizona
E não é apenas seu mecanismo magnético que está deixando os cientistas com a pulga atrás da orelha. Há muitos outros mistérios sobre o objeto, descoberto pelos cientistas em 2016.
O que é isso?
O objeto é uma anã marrom, ou seja, basicamente uma "estrela fracassada". Anãs marrons são maiores que os planetas, mas não são grandes o suficiente para fundir o hidrogênio e brilhar como as estrelas. Os cientistas acreditam que esse limite (entre planeta e estrela) fica em cerca de 13 vezes a massa de Júpiter.
Lá no ano de 2016, quando SIMP J01365663 + 0933473 foi detectado, os cientistas acreditavam se tratar de uma gigantesca e velha anã marrom. Mas um estudo mais aprofundado mostrou que, em vez disso, ele é relativamente jovem, com penas 200 milhões de anos. Ele tem cerca de 12,7 vezes a massa de Júpiter - por pouco ele não se tornou uma estrela... Essa pesquisa também mostrou que o estranho "planeta gigante" está sozinho, e não orbita uma estrela.
"Este objeto está exatamente no limite entre um planeta e uma estrela, e está nos dando algumas surpresas que podem nos ajudar a compreender os processos magnéticos em estrelas e planetas", disse Melodie Kao. "Achamos que esses mecanismos podem funcionar não só em anãs marrons, mas também em planetas gigantes e rochosos".
A equipe está particularmente animada com a nova pesquisa porque depende, em parte, de observações de rádio de suas auroras polares - o que significa que os radiotelescópios podem ser capazes de identificar novos planetas através de suas auroras.
Imagens: (capa-ilustração/NRAO) / Chuck Carter / NRAO / AUI / NSF / Caltech
06/08/18
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Um objeto de dimensões planetárias, a 20 anos-luz da Terra, surpreendeu astrônomos com seu campo magnético extremamente poderoso. A pesquisa foi detalhada na revista The Astrophysical Journal.
De acordo com os cientistas, o campo magnético do objeto é pelo menos 200 vezes mais forte do que o de Júpiter, que por sua vez, é entre 16 e 54 vezes mais forte que o da Terra, segundo a NASA. O estranho objeto chamado SIMP J01365663 + 0933473, se tornou um verdadeiro mistério, afinal de contas, como é possível manter um campo magnético tão forte, e gerar auroras polares espetaculares?
"Este objeto é empolgante, porque estudar seus mecanismos de dínamo magnético pode nos dar novas dicas sobre como esses mecanismos poderiam operar em planetas distantes, que estão fora do Sistema Solar", disse Melodie Kao, astrofísica da Universidade Estadual do Arizona
E não é apenas seu mecanismo magnético que está deixando os cientistas com a pulga atrás da orelha. Há muitos outros mistérios sobre o objeto, descoberto pelos cientistas em 2016.
O que é isso?
O objeto é uma anã marrom, ou seja, basicamente uma "estrela fracassada". Anãs marrons são maiores que os planetas, mas não são grandes o suficiente para fundir o hidrogênio e brilhar como as estrelas. Os cientistas acreditam que esse limite (entre planeta e estrela) fica em cerca de 13 vezes a massa de Júpiter.
Ilustração artística da anã marrom errante SIMP J01365663 + 0933473 e suas auroras incríveis.
Créditos: Chuck Carter / NRAO / AUI / NSF / Caltech
Lá no ano de 2016, quando SIMP J01365663 + 0933473 foi detectado, os cientistas acreditavam se tratar de uma gigantesca e velha anã marrom. Mas um estudo mais aprofundado mostrou que, em vez disso, ele é relativamente jovem, com penas 200 milhões de anos. Ele tem cerca de 12,7 vezes a massa de Júpiter - por pouco ele não se tornou uma estrela... Essa pesquisa também mostrou que o estranho "planeta gigante" está sozinho, e não orbita uma estrela.
"Este objeto está exatamente no limite entre um planeta e uma estrela, e está nos dando algumas surpresas que podem nos ajudar a compreender os processos magnéticos em estrelas e planetas", disse Melodie Kao. "Achamos que esses mecanismos podem funcionar não só em anãs marrons, mas também em planetas gigantes e rochosos".
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- Satélites naturais extrassolares podem abrigar vida e serem mais habitáveis do que seus planetas
A equipe está particularmente animada com a nova pesquisa porque depende, em parte, de observações de rádio de suas auroras polares - o que significa que os radiotelescópios podem ser capazes de identificar novos planetas através de suas auroras.
Imagens: (capa-ilustração/NRAO) / Chuck Carter / NRAO / AUI / NSF / Caltech
06/08/18
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