Nos últimos dias o Sol está passando por um momento de calmaria, mas isso
pode mudar a qualquer momento
Grandes manchas solares estão de frente pra Terra e podem causar
explosões e ejeções de massa coronal - os cientistas que monitoram o clima
espacial estão em alerta.
A mancha solar AR3311 tem campo magnético beta-gama, e está
acumulando muita energia. Por ser altamente instável, ela pode produzir
explosões sucessivas de radiação, além de uma poderosa ejeção de massa
coronal. Essa mesma região ativa já foi responsável por blecaute de rádio na
semanada passada, e apenas no dia 20 de maio produziu 4 explosões seguidas.
Agora ela está de frente pra Terra, e não está sozinha...
Temos também outra grande mancha solar - a AR3310, que não é tão
instável, mas é gigantesca, podendo produzir uma ejeção de massa coronal
muito forte.
As outras manchas solares não ficam de fora: a AR3312, AR3313, AR3314 e
AR3315. Essa última cresceu muito em apenas 24h - ontem (24) ela era quase
imperceptível, e hoje já tem um diâmetro equivalente a 4x o diâmetro da
Terra.
Todas elas estão posicionadas de tal forma que qualquer ejeção de massa
coronal seja direcionada para o nosso planeta.
Quais os riscos?
Caso aconteça, o risco seria não de apenas uma, mas sim de explosões ou
ejeções seguidas, golpeando o nosso campo magnético de forma violenta,
podendo causar interrupções ou danos em satélites, sistemas de GPS, redes de
energia e até mesmo
queda da internet global em casos mais extremos de tempestade solar,
sobretudo nas regiões mais próximas dos polos.
Para a vida em si, não há qualquer risco, porém, estudos recentes
encontraram uma
correlação entre as tempestades solares e a ocorrência de terremotos
(o que pode acarretar em tsunamis e até mesmo erupções vulcânicas).
E a coisa tá só começando. O ciclo solar 25 tem seu pico esperado para
acontecer entre 2024 e 2025. Até lá, a atividade solar só tende a ficar cada
vez mais intensa.
Imagens: (capa-SDO) / SDO / NASA / divulgação
25/05/2023
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