As detecções já existiam há bastante tempo, mas a maioria mostrava apenas planetas solitários em torno de sua estrela.
Duas outras detecções de sistemas de exoplanetas já tinham sido feitas, mas apenas através do método de trânsito planetário, e ninguém até agora tinha de fato fotografado nenhum sistema solar desse tipo.
Sim, a busca por exoplanetas já existe há bastante tempo, mas uma foto mesmo... bem, isso nunca tinha acontecido. Até agora!
Finalmente saiu a primeira imagem "verdadeira", ou seja, realmente fotografada, de um sistema solar de exoplanetas! Tudo graças ao telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO).
E caso você esteja se perguntando qual a razão de tanta comemoração por essa simples imagem, saiba que as coisas são bem mais complicadas do que parecem.
O problema é que esses sistemas planetários estão muito, muito distante da Terra, como é o caso deste que foi fotografado, que encontra-se a 300 anos luz de distância.
Sistema TYC 8998-760-1 com estrela e seus dois planetas.
Créditos: ESO / Bohn et al
Para termos uma ideia, funciona assim: se tivéssemos uma espaçonave que pudesse viajar na velocidade da luz, ainda assim demoraríamos 300 anos para chegar lá...
Então já deu pra perceber que de fato esses sistemas solares estão muitíssimo distantes, e qualquer imagem real é quase impossível de ser feita.
"É praticamente uma imagem de um ambiente muito similar ao nosso Sistema Solar, mas em um estágio bem inicial de sua evolução", afirmou Alexander Bohn, doutorando na Universidade de Leiden, na Holanda, e líder da pesquisa que foi publicada no Astrophysical Journal Letters.
O sistema de planetas em questão é o 'TVC 8998-760-1', e agora que temos uma imagem de verdade, os cientistas poderão compreender ainda melhor o que são, como são e como esses sistemas funcionam.
Pelas recentes observações, os cientistas já podem dizer que, embora o sistema seja aparentemente muito similar ao nosso, existem diferenças enormes na realidade.
Os exoplanetas fotografados tem cerca de 14 vezes o tamanho de Júpiter e estão entre 160 e 320 vezes mais distantes de sua estrela solar do que a Terra está do Sol, o que reduz muito (se é que não impossibilita) qualquer chance de vida como conhecemos.
Imagem: (capa-ESO/VLT) / Bohn et al / ESO / divulgação
23/07/2020
Gostou da nossa matéria?
Inscreva-se em nosso canal no YouTube
para ver muito mais!
Encontre o site Galeria do Meteorito no Facebook, YouTube, Instagram, Twitter e Google+, e fique em dia com o Universo Astronômico.