05/01/16 - Você já pensou na quantidade de lixo que está orbitando o nosso planeta neste exato momento?
Até o ano de 1956, a Terra estava "limpa", e os únicos fragmentos que orbitavam o nosso planeta eram meteoroides esporádicos, ou pequenas rochas espaciais... mas em 1957, foi lançado o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, da antiga União Soviética. O foguete responsável por colocá-lo em órbita descartou uma de suas peças, e marcou o início de um grande amontoado de lixo espacial que hoje orbita o nosso planeta.
E para exemplificar a situação alarmante, o astrônomo Stuart Grey, da Universidade College London, criou um vídeo usando dados com a localização precisa de cada pedaço de lixo espacial, disponíveis em space-track.org. Vale lembrar que o lixo espacial mostrado no vídeo não está em escala.
O grande amontoado de destroços foi se acumulando a uma velocidade exponencial, e em 1961, o veículo de lançamento Ablestar, que levava o satélite Transit 4A, explodiu em órbita, somando cerca de 300 fragmentos ao volume que orbitava a Terra.
Em 2007, o número de detritos espaciais rastreáveis (com dimensões entre o tamanhos de uma maça até motores de foguetes) já havia ultrapassado 9.000. E como se não bastasse, no mesmo ano de 2007 explodiu um míssil balístico chinês (em teste), acrescentando mais 2.000 peças ao enxame.
Em 2012, mais de 23.000 objetos maiores do que 5 cm estavam sendo monitorados pela Rede de Vigilância Espacial Norte-Americana. E se considerarmos objetos acima de 1 cm, esse valor chegava a mais de 500.000!
O perigo do lixo espacial
Até mesmo um pequeno fragmento de 5 cm representa um perigo considerável. Orbitando a Terra a velocidades hipersônicas, esses fragmentos minúsculos podem conter a mesma energia de uma granada de mão, o que pode rasgar a proteção de uma nave espacial, por exemplo.
A Estação Espacial Internacional (ISS), por sua vez, possui uma proteção especial para evitar que qualquer fragmento possa comprometer a missão e a vida dos astronautas a bordo, mas ainda assim, ela precisa fazer algumas manobras de tempos em tempos, a fim de evitar colisões catastróficas, como ocorreu em 2014 e em 2015. Nessa última manobra, os astronautas tiveram que se abrigar na cápsula Soyuz, já que o risco de colisão era alto demais.
O volume de lixo espacial acumulado ao redor da Terra chegou numa situação alarmante, mas a boa notícia é que já existem várias ideias para limpar a bagunça. Cientistas e engenheiros já pensaram em redes de pesca espaciais, em telescópios a laser, dentre diversas outras soluções mirabolantes. Mas enquanto a faxina espacial não começa, mais lixo se acumula ao redor da Terra... e maior se torna o risco de colisões com satélites, naves espaciais, sondas e até com nossos amigos astronautas, que até o momento não contam com guarda-chuvas espaciais à prova de impactos...
Imagens: (capa-ilustração/ESA / Edição: Galeria do Meteorito) / Stuart Grey
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Até o ano de 1956, a Terra estava "limpa", e os únicos fragmentos que orbitavam o nosso planeta eram meteoroides esporádicos, ou pequenas rochas espaciais... mas em 1957, foi lançado o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, da antiga União Soviética. O foguete responsável por colocá-lo em órbita descartou uma de suas peças, e marcou o início de um grande amontoado de lixo espacial que hoje orbita o nosso planeta.
E para exemplificar a situação alarmante, o astrônomo Stuart Grey, da Universidade College London, criou um vídeo usando dados com a localização precisa de cada pedaço de lixo espacial, disponíveis em space-track.org. Vale lembrar que o lixo espacial mostrado no vídeo não está em escala.
O grande amontoado de destroços foi se acumulando a uma velocidade exponencial, e em 1961, o veículo de lançamento Ablestar, que levava o satélite Transit 4A, explodiu em órbita, somando cerca de 300 fragmentos ao volume que orbitava a Terra.
Em 2007, o número de detritos espaciais rastreáveis (com dimensões entre o tamanhos de uma maça até motores de foguetes) já havia ultrapassado 9.000. E como se não bastasse, no mesmo ano de 2007 explodiu um míssil balístico chinês (em teste), acrescentando mais 2.000 peças ao enxame.
Em 2012, mais de 23.000 objetos maiores do que 5 cm estavam sendo monitorados pela Rede de Vigilância Espacial Norte-Americana. E se considerarmos objetos acima de 1 cm, esse valor chegava a mais de 500.000!
O perigo do lixo espacial
Até mesmo um pequeno fragmento de 5 cm representa um perigo considerável. Orbitando a Terra a velocidades hipersônicas, esses fragmentos minúsculos podem conter a mesma energia de uma granada de mão, o que pode rasgar a proteção de uma nave espacial, por exemplo.
A Estação Espacial Internacional (ISS), por sua vez, possui uma proteção especial para evitar que qualquer fragmento possa comprometer a missão e a vida dos astronautas a bordo, mas ainda assim, ela precisa fazer algumas manobras de tempos em tempos, a fim de evitar colisões catastróficas, como ocorreu em 2014 e em 2015. Nessa última manobra, os astronautas tiveram que se abrigar na cápsula Soyuz, já que o risco de colisão era alto demais.
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O volume de lixo espacial acumulado ao redor da Terra chegou numa situação alarmante, mas a boa notícia é que já existem várias ideias para limpar a bagunça. Cientistas e engenheiros já pensaram em redes de pesca espaciais, em telescópios a laser, dentre diversas outras soluções mirabolantes. Mas enquanto a faxina espacial não começa, mais lixo se acumula ao redor da Terra... e maior se torna o risco de colisões com satélites, naves espaciais, sondas e até com nossos amigos astronautas, que até o momento não contam com guarda-chuvas espaciais à prova de impactos...
Imagens: (capa-ilustração/ESA / Edição: Galeria do Meteorito) / Stuart Grey
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