Albert Einstein acertou de novo com mais uma previsão certeira
Albert Einstein é um dos nomes mais reconhecidos do mundo, e sua fama não para de crescer devido a muitas confirmações de suas teorias que previram situações que só mais de 100 anos depois foram observadas.
E agora saiu mais uma confirmação com a observação do tecido do espaço-tempo girando ao redor de uma estrela morta. Sim, ele estava certo de novo! Sua teoria afirmava que o espaço-tempo se agitaria em torno de um corpo maciço e rotativo.
Para detectar e confirmar esse fenômeno, precisamos observar objetos espaciais muito massivos e com campos gravitacionais poderosos, como estrelas de nêutrons e anãs brancas.
E foi exatamente isso o que fez um grupo internacional de cientistas, liderado por Vivek Venkatraman Krishnan, astrofísico do Instituto Max Planck de Radioastronomia, na Alemanha, conforme publicado na respeitada revista Science.
O objeto escolhido para as observações foi o 'PSR J1141-6545', um pulsar com cerca de 1,27 vez a massa do Sol, localizado entre 10.000 e 25.000 anos-luz de distância da Terra, ao redor de uma anã branca (que por sinal deve ser o mesmo futuro do nosso Sol) com quase a mesma massa da nossa estrela.
Pulsares são restos de estrelas grandes que morreram ao explodirem como uma supernova, se transformando em estrelas de nêutrons com imenso campo magnético, capazes de transformar energia rotacional em energia eletromagnética, emitindo radiação em um feixe estreito que escapa para o Espaço.
Para termos uma ideia dos extremos nesse sistema, a anã branca gira em seu eixo cerca de 30 vezes por hora, e a órbita do pulsar ao seu redor dura menos de cinco horas, a uma velocidade aproximada de 1 milhão de km/h!
Durante quase 20 anos os cientistas mediram os sinais do pulsar que chegaram à Terra com precisão mínima de 100 microssegundos utilizando radiotelescópios australianos, e detectaram desvios de longo prazo na órbita do pulsar ao redor da anã branca.
O estudo mostrou esse desvio decorre da velocidade de rotação da anã branca, que faz com que a órbita do pulsar mude sua orientação lentamente, como consequência do processo de explosão da supernova que gerou o pulsar PSR J1141-6545.
Na prática, segundo o Dr.Krishnan, funciona mais ou menos assim: imagine uma esfera pesada submersa em um líquido viscoso, como o mel, por exemplo. Se for adicionado um pouco de corante a essa mistura, e a esfera estiver rodando em alta velocidade, a medida que a esfera gira, o mel ao seu redor gira também, fazendo com que o corante passe a girar junto à mistura. Einstein previu que o mesmo se aplicaria ao Universo.
"A esfera seria a anã branca, o mel a curvatura do espaço-tempo, e o corante é o pulsar", afirmou Krishnan .
A detecção do espaço-tempo girando ao redor da anã branca com o pulsar ao seu redor confirma a Teoria da Relatividade Geral publicada por Einstein em 1915, quando tais observações práticas eram apenas um distante sonho dos cientistas.
Imagens: (capa-ilustração/Mark Myers) / Mark Myers / ARC Centre of Excellence for Gravitational Wave Discovery / OzGrav / divulgação
07/02/2020
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Albert Einstein é um dos nomes mais reconhecidos do mundo, e sua fama não para de crescer devido a muitas confirmações de suas teorias que previram situações que só mais de 100 anos depois foram observadas.
E agora saiu mais uma confirmação com a observação do tecido do espaço-tempo girando ao redor de uma estrela morta. Sim, ele estava certo de novo! Sua teoria afirmava que o espaço-tempo se agitaria em torno de um corpo maciço e rotativo.
Para detectar e confirmar esse fenômeno, precisamos observar objetos espaciais muito massivos e com campos gravitacionais poderosos, como estrelas de nêutrons e anãs brancas.
E foi exatamente isso o que fez um grupo internacional de cientistas, liderado por Vivek Venkatraman Krishnan, astrofísico do Instituto Max Planck de Radioastronomia, na Alemanha, conforme publicado na respeitada revista Science.
O objeto escolhido para as observações foi o 'PSR J1141-6545', um pulsar com cerca de 1,27 vez a massa do Sol, localizado entre 10.000 e 25.000 anos-luz de distância da Terra, ao redor de uma anã branca (que por sinal deve ser o mesmo futuro do nosso Sol) com quase a mesma massa da nossa estrela.
Ilustração artística do espaço-tempo girando em torno do sistema binário de estrelas PSRJ1141-6545.
Créditos: Mark Myers / ARC Centre of Excellence for Gravitational Wave Discovery / OzGrav
Pulsares são restos de estrelas grandes que morreram ao explodirem como uma supernova, se transformando em estrelas de nêutrons com imenso campo magnético, capazes de transformar energia rotacional em energia eletromagnética, emitindo radiação em um feixe estreito que escapa para o Espaço.
Para termos uma ideia dos extremos nesse sistema, a anã branca gira em seu eixo cerca de 30 vezes por hora, e a órbita do pulsar ao seu redor dura menos de cinco horas, a uma velocidade aproximada de 1 milhão de km/h!
Durante quase 20 anos os cientistas mediram os sinais do pulsar que chegaram à Terra com precisão mínima de 100 microssegundos utilizando radiotelescópios australianos, e detectaram desvios de longo prazo na órbita do pulsar ao redor da anã branca.
O estudo mostrou esse desvio decorre da velocidade de rotação da anã branca, que faz com que a órbita do pulsar mude sua orientação lentamente, como consequência do processo de explosão da supernova que gerou o pulsar PSR J1141-6545.
Na prática, segundo o Dr.Krishnan, funciona mais ou menos assim: imagine uma esfera pesada submersa em um líquido viscoso, como o mel, por exemplo. Se for adicionado um pouco de corante a essa mistura, e a esfera estiver rodando em alta velocidade, a medida que a esfera gira, o mel ao seu redor gira também, fazendo com que o corante passe a girar junto à mistura. Einstein previu que o mesmo se aplicaria ao Universo.
"A esfera seria a anã branca, o mel a curvatura do espaço-tempo, e o corante é o pulsar", afirmou Krishnan .
A detecção do espaço-tempo girando ao redor da anã branca com o pulsar ao seu redor confirma a Teoria da Relatividade Geral publicada por Einstein em 1915, quando tais observações práticas eram apenas um distante sonho dos cientistas.
Imagens: (capa-ilustração/Mark Myers) / Mark Myers / ARC Centre of Excellence for Gravitational Wave Discovery / OzGrav / divulgação
07/02/2020
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